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O que é refluxo gastroesofágico?
Publicado em: 16/04/2025
Doença do refluxo gastroesofágico: o que é, sintomas, causas e tratamento
Sabe aquela queimação no peito depois de comer? Ou aquela sensação de acidez que sobe até a garganta? Muita gente sente isso de vez em quando e nem imagina que pode ser a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), que acomete quase 20% da população brasileira.
Neste texto, você vai entender como o refluxo acontece, quais são os sintomas que merecem atenção e o que pode ser feito para controlar a doença e viver com mais conforto.
O que é a doença do refluxo gastroesofágico?
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) acontece quando o ácido do estômago volta com frequência para o esôfago, causando queimação, desconforto e outros sintomas.
Esse retorno ocorre porque uma válvula natural, chamada esfíncter esofágico inferior, não fecha como deveria. Assim, o conteúdo gástrico sobe, irritando as paredes do esôfago.
Apesar de episódios isolados serem comuns, quando o refluxo se torna frequente e afeta o bem-estar, é sinal de que algo não vai bem.
Qual médico trata doença de refluxo gastroesofágico?
O
Gastroenterologista é o especialista indicado para investigar e tratar o refluxo gastroesofágico.
Em casos com sintomas na garganta, como rouquidão ou pigarro, o otorrinolaringologista também pode ser necessário. Ambos atuam juntos para aliviar os sintomas e prevenir complicações.
Qual exame fazer para saber se tem refluxo gastroesofágico?
Nem sempre os sintomas são suficientes para confirmar um diagnóstico. Por isso, alguns exames são importantes para avaliar se há mesmo a doença do refluxo gastroesofágico.
O mais solicitado é a endoscopia digestiva alta, que permite observar o esôfago por dentro e identificar sinais de inflamação. Em alguns casos, o médico também pode indicar a pHmetria, que mede a acidez ao longo do dia, ou a manometria, que analisa o funcionamento da musculatura esofágica.
Esses exames possibilitam entender melhor o que está acontecendo e diferenciar um episódio pontual de um problema mais sério.
Diferença entre refluxo comum e doença do refluxo gastroesofágico
Refluxo eventual é algo que pode acontecer com qualquer pessoa, após uma refeição pesada ou quando se deita logo após comer.
Já a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) vai além. Ela se caracteriza por episódios frequentes, desconforto recorrente e sintomas que afetam a qualidade de vida.
Enquanto o refluxo comum é passageiro, a DRGE precisa de tratamento contínuo e acompanhamento médico.
Sintomas silenciosos da doença do refluxo que você não deve ignorar
Nem todo sintoma de refluxo vem com aquela azia intensa. Em muitos casos, os sinais são sutis e, por isso, facilmente ignorados.
Por exemplo, rouquidão persistente, tosse seca, sensação de bolo na garganta e pigarro constante podem indicar que o ácido do estômago está irritando o esôfago.
Outros sinais menos óbvios incluem dor no peito, mau hálito frequente e desgaste no esmalte dos dentes. Em crianças, o refluxo pode aparecer como recusa alimentar ou dificuldade para ganhar peso.
Quando esses sintomas surgem de forma recorrente, o ideal é procurar avaliação médica. Afinal, quanto antes o refluxo for identificado, menores os riscos de complicações.
Quando o refluxo gastroesofágico é considerado grave?
O refluxo deixa de ser apenas um incômodo quando passa a causar danos reais ao esôfago, e isso nem sempre é visível logo de início.
A condição é considerada grave quando há inflamações constantes (esofagite), dificuldade para engolir, dor intensa ao se alimentar ou lesões na mucosa esofágica. Outro sinal de alerta é a necessidade frequente de medicamentos, sem alívio satisfatório.
Em quadros assim, existe o risco de complicações como o esôfago de Barrett, que pode evoluir para problemas mais sérios. Nessas situações, o acompanhamento com um Gastroenterologista é indispensável.
Quanto tempo dura uma crise de refluxo gastroesofágico?
A duração varia conforme a pessoa e a gravidade do caso. Em geral, uma crise leve pode durar de alguns minutos a poucas horas.
Por outro lado, nos casos crônicos, os sintomas podem persistir por dias, especialmente se não houver tratamento adequado.
Em todas as situações, identificar os gatilhos e seguir as orientações médicas contribui para reduzir a duração e a frequência das crises.
Tratamentos naturais e hábitos que ajudam a aliviar o refluxo
Nem sempre o primeiro passo no tratamento do refluxo precisa ser um remédio. Muitas vezes, a mudança de rotina já é um ótimo começo.
Evitar de se deitar logo após comer, fazer refeições menores e mastigar com calma são atitudes simples que fazem a diferença. Levantar a cabeceira da cama, praticar atividades leves e manter o peso em dia também ajudam a reduzir a pressão sobre o estômago.
E os métodos naturais? Algumas pessoas encontram alívio em
chás suaves, como camomila ou erva-doce ou até com o uso moderado de
gengibre. Mas atenção: mesmo o que é natural precisa de orientação. Nem toda solução caseira funciona para todo mundo.
Refluxo em bebês: quando é normal e quando é preocupante
Regurgitar após a mamada é algo bastante comum nos primeiros meses de vida. Isso porque o sistema digestivo do bebê ainda está se ajustando, e o refluxo costuma desaparecer com o tempo.
Contudo, existem sinais que indicam que o quadro merece investigação. Se o bebê chora demais, recusa o leite, perde peso ou apresenta engasgos frequentes, vale procurar o pediatra.
Nesses casos, pode haver uma forma mais intensa da doença do refluxo, que exige cuidados específicos. A boa notícia é que, com o acompanhamento certo e pequenos ajustes no dia a dia, dá para garantir mais conforto e segurança para o bebê e para toda a família.
Como a alimentação interfere na doença do refluxo gastroesofágico
Sabe aquela sensação de queimação no peito depois de uma refeição mais pesada? Nem sempre é só coincidência, pois o que se come tem tudo a ver com o refluxo.
Alguns alimentos favorecem o retorno do ácido do estômago para o esôfago. Frituras, embutidos, café, chocolate e até aquele vinho no fim do dia podem relaxar a válvula que deveria manter o conteúdo gástrico no lugar.
E não é só o que se come, mas como se come. Refeições muito volumosas, feitas com pressa ou perto da hora de dormir também pesam no estômago. Por outro lado, uma alimentação mais leve pode ajudar (e muito!) a manter os sintomas sob controle.
Dicas de alimentação para quem sofre de refluxo gastroesofágico
Não precisa de dieta radical, só de atenção aos detalhes. Comer devagar, em porções menores e bem distribuídas ao longo do dia já é um bom começo.
Outra recomendação é incluir na dieta alimentos mais suaves, como vegetais cozidos, frutas não ácidas (banana, maçã assada), arroz, aveia. Sempre que puder, opte por preparações grelhadas, assadas ou cozidas, e evite o excesso de gordura, molhos pesados ou bebidas gaseificadas.
Também vale observar como o corpo reage. Às vezes, um alimento inofensivo para um indivíduo pode causar desconforto em outro. Por isso, o ideal é ir testando e, se possível, contar com a ajuda de um nutricionista.
Além de aliviar o refluxo, essas escolhas ajudam a proteger o esôfago, o que faz toda a diferença no longo prazo.
Esôfago de Barrett: complicação grave da doença do refluxo
Quando o ácido sobe com frequência e agride o esôfago por muito tempo, o corpo tenta se defender. Só que, nesse processo, as células da região podem mudar — e é aí que surge o chamado “
Esôfago de Barrett”.
Essa alteração não costuma dar sinais claros, mas representa uma complicação séria. Em alguns casos, pode até aumentar o risco de câncer esofágico.
A boa notícia? Essa evolução não é inevitável. Quando o refluxo é tratado da forma certa — com alimentação adequada, orientação médica e acompanhamento regular — o risco cai bastante.
Plano de saúde cobre tratamento para refluxo gastroesofágico?
O tratamento do refluxo pode ser feito com o apoio do
plano de saúde. Consultas, exames e medicamentos geralmente fazem parte da cobertura, especialmente quando há indicação médica.
Mas, como cada plano tem suas regras, é importante entender o que está incluído no seu. A seguir, explicamos com mais detalhes o que costuma estar disponível.
O que o plano de saúde costuma cobrir: consultas, exames e medicamentos
De modo geral, os
planos de saúde cobrem consultas com especialistas, como o Gastroenterologista, além de exames importantes para o diagnóstico, como
endoscopia, pHmetria e manometria esofágica.
Também é comum haver cobertura para medicamentos prescritos no tratamento, especialmente os de uso contínuo, como os inibidores de acidez.
Para ter certeza do que está incluído, vale consultar o contrato ou entrar em contato com a operadora.
Como a assistência médica pode ajudar em crises e controle do refluxo
Além do diagnóstico, o plano de saúde facilita o acompanhamento contínuo, que é essencial para manter o refluxo sob controle. Em caso de crises mais intensas, é possível contar com atendimento rápido, retorno médico e ajustes no tratamento. O suporte também permite acompanhar possíveis complicações e evitar que o quadro evolua.
Lembre-se: Refluxo tem tratamento, e o acompanhamento faz toda a diferença. Com o suporte certo e acesso aos cuidados adequados, é possível viver com mais conforto e segurança todos os dias.
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