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Guia da gravidez: saiba tudo de cada fase
Publicado em: 11/02/2025
Guia completo da gravidez: tudo sobre cada etapa, do positivo ao parto
Teste de gravidez: como confirmar?
Após o primeiro dia de atraso menstrual, toda mulher sexualmente ativa deve desconfiar de uma possível gestação - inclusive, as que utilizam métodos contraceptivos (pílula e preservativo, por exemplo), suscetíveis à falhar. Diante da dúvida, o melhor a fazer é confirmar se está grávida ou não.
Para tanto, basta recorrer aos testes disponíveis, que vão desde os encontrados em farmácias até os exames laboratoriais. Isso sem falar na importância de marcar uma consulta com o ginecologista obstetra. Afinal, se tiver mesmo um filho a caminho será necessário iniciar o pré-natal o quanto antes, pois o acompanhamento médico é indispensável para garantir a saúde da mãe e do bebê, evitando problemas como a prematuridade, por exemplo.
Tipos de testes de gravidez: caseiro, farmácia e laboratório
Pensando nisso, confira a seguir as principais características dos diferentes tipos de testes de gravidez disponíveis atualmente.
- Caseiro: antigamente, as pessoas costumavam recorrer a receitas caseiras para confirmar uma gestação. Porém, nenhum desses métodos possui comprovação científica e, portanto, são grandes as chances de erro. No entanto, além da menstruação atrasada, alguns sintomas podem aparecer nas primeiras semanas de gravidez, como desconforto abdominal, enjoos, sensibilidade nas mamas, entre outros. Sendo assim, vale a pena observar os sinais que o corpo dá;
- Farmácia: as prateleiras das farmácias estão repletos de testes de gravidez feitos a partir da urina. O objetivo é detectar a presença de um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana, mais conhecido pela sigla Beta HCG. Embora os níveis sejam baixos no começo, eles aumentam de forma rápida e passam a ser visíveis com cerca de seis dias de atraso menstrual. Isto é, aproximadamente 10 dias após a ovulação. De acordo com os fabricantes, a eficácia clínica dos testes de urina chegam a 99,9%;
- Laboratório: considerado o teste de gravidez mais seguro e confiável, o exame de sangue feito em laboratório é que vai determinar o resultado positivo ou negativo. Nele, será detectada a presença do HCG no organismo, bem como medido a quantidade do hormônio na circulação sanguínea.
Quando realizar o teste de gravidez?
O ideal é realizar o teste de gravidez quando a menstruação atrasar. Em mulheres com ciclos irregulares, essa percepção pode variar e, nesses casos, será preciso avaliar outros fatores associados. De qualquer forma, as idas ao consultório do ginecologista devem ser frequentes ao longo de toda a fase reprodutiva da mulher.
O que fazer após o resultado positivo?
Planejada ou não, a gravidez é uma fase da vida que requer certos cuidados. Por esse motivo, após o resultado positivo é fundamental agendar uma consulta com um obstetra e iniciar o pré-natal.
Primeiro trimestre da gravidez: o começo da jornada
Os primeiros três meses de gestação, que compreendem da primeira à 13a semana, são marcados por intensas mudanças hormonais que podem causar alterações físicas e emocionais. Durante este período, o organismo feminino estará se adaptando à nova condição. Do ponto de vista fetal, ocorre o rápido desenvolvimento do bebê, incluindo a formação dos principais órgãos, além da placenta, líquido amniótico e cordão umbilical. Não por acaso, é considerada a fase mais delicada e com maior risco de abortos espontâneos.
O que acontece com o corpo da mulher no início da gravidez
Cada mulher é única e nem todas irão apresentar os mesmos sintomas. Aliás, até mesmo as que já foram mãe anteriormente podem se surpreender de uma gestação para a outra. Contudo, as alterações mais comuns são:
Físicas
- Inchaço abdominal e nos pés
- Dores na coluna
- Seios inchados e doloridos
- Aumento da frequência urinária
- Náuseas e vômitos
- Aumento do fluxo sanguíneo
- Aumento da flexibilidade das articulações da bacia
- Alteração do centro de gravidade e da postura
- Alteração da pele
- Maior produção de gases
- Sonolência
Emocionais:
- Mudanças de humor
- Medo
- Insegurança
- Angústia
- Alegria
- Ansiedade
Exames essenciais no primeiro trimestre
Durante o 1º trimestre de gravidez, deve-se fazer a primeira consulta pré-natal e os exames recomendados pelo obstetra, como sangue, urina, fezes e o ultrassom obstétrico.
Cuidados iniciais para uma gravidez saudável
Ainda que esteja no começo da gestação, as escolhas da futura mamãe já começam a afetar o bebê. Por isso, começar uma dieta balanceada, cortar completamente o uso de drogas, álcool ou cigarros e buscar um estilo de vida mais saudável é fundamental.
Segundo trimestre da gravidez: a fase de transformação
Como dito anteriormente, cada mulher é única e poderá viver a gestação de maneiras diferentes. Em geral, o segundo trimestre tende a ser mais tranquilo uma vez que os enjoos tendem a diminuir muito ou até cassar. Com o crescimento do útero, uma barriguinha discreta começa a aparecer para a alegria das mais ansiosas. Por volta da 20ª semana, é quando os esperados movimentos do bebê também passam a ser perceptíveis.
Principais mudanças no corpo durante o segundo trimestre
Como não podia deixar de ser, a formação de outro ser humano demanda muito do organismo feminino. Abaixo, listamos as principais mudanças que ocorrem no corpo da mãe durante o segundo trimestre.
- Aumento uterino: quando o útero atinge certo tamanho ele passa a interferir no retorno do sangue para o coração, o que pode levar à hipotensão. Em outras palavras, a famigerada pressão baixa. Se isso acontecer, as grávidas costumam sentir certos desconfortos, que incluem palidez, sudorese, náuseas e vômitos. Uma dica é deitar sempre de lado, especialmente com o lado esquerdo voltado para baixo;
- Escurecimento das aréolas: nos seios, as aréolas escurecem e glândulas chamadas Tubérculo de Montgomery tornam-se mais salientes e aumentam em número. Após a 20ª semana, algumas gestantes também podem perceber a saída do colostro após a expressão do mamilo;
- Surgimento de melasmas: além dos mamilos, outras áreas da pele também aumentam sua pigmentação, principalmente as já pigmentadas como pintas e sardas. Os melasmas (manchas escuras que surgem principalmente no rosto) e a linha nigra (mancha vertical escura que vai do umbigo à púbis) aparecem, geralmente, no final do segundo trimestre, mas podem surgir antes ou depois;
- Alterações gastrointestinais: enquanto as taxas de progesterona causam o relaxamento da musculatura do trato gastrointestinal, o aumento da pressão abdominal resulta em refluxo gastroesofágico. Por consequência, cerca de 80% das mulheres relatam sentir azia e 30% constipação (responsável pelas temidas hemorroidas);
- Saúde bucal: a higiene da boca deve ser intensificada durante a gestação, pois à medida que as gengivas tornam-se mais sensíveis devido ao aumento do fluxo sanguíneo, aumenta a probabilidade de desenvolver processos inflamatórios.
Como lidar com os sintomas comuns da gravidez
Gravidez não é doença, mas exige uma série de cuidados especiais. No dia a dia, recomenda-se que a gestante busque manter hábitos saudáveis que tragam maior conforto. Entre eles, estão:
- Preferir refeições pequenas e frequentes: de preferência, alimentos leves, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carnes magras, etc;
- Manter-se hidratada: beber bastante água ao longo do dia;
- Evitar alimentos gordurosos e condimentados: preferir opções geladas e frutas cítricas podem aliviar a azia e a má digestão;
- Sono de qualidade: criar uma rotina de dormir e acordar na mesma hora todos os dias;
- Praticar atividades físicas: caminhada, yoga, pilates, alongamento e hidroginástica podem ajudar a diminuir dores e desconfortos;
- Usar sutiã de sustentação: alivia a sensibilidade, dor ou sensação de mamas pesadas;
- Fazer alongamentos leves: alivia a dor na pelve;
- Escolher uma escova de dentes macia: alivia a sensibilidade nas gengivas;
- Não prender a urina: isso evitará infecções urinárias;
- Procurar terapia: expor as angústias, os medos e as inseguranças que permeiam essa fase ajudam a torná-la mais especial;
- Prevenir infecções vaginais: dormir sem calcinha; usar os modelos de algodão; evitar roupas apertadas; limpar-se da frente para trás; abster-se de duchas vaginais; usar preservativo nas relações sexuais;
- Não faltar ao pré-natal: as consultas mensais são fundamentais para que a gestação se mantenha saudável até o parto.
Atividades físicas e alimentação nessa fase
Manter uma alimentação saudável e praticar atividade física durante a gestação ajuda a mulher a se sentir mais disposta, dentro de um peso saudável, previne o surgimento doenças, como hipertensão e diabetes gestacional, e ainda prepara o corpo para um parto saudável.
Terceiro trimestre da gravidez: a preparação para o parto
Finalmente, chegamos à reta final e com a proximidade do parto é necessário planejar este momento de modo a garantir a segurança da mãe e do bebê. As últimas semanas podem ser mais desafiadoras, mas não menos especiais quando se tem apoio, informação e, principalmente, acompanhamento médico.
Sintomas e desconfortos mais frequentes no final da gravidez
Prestes à dar a luz, o centro de gravidade do corpo da gestante é afetado devido ao aumento do útero, provocado pelo desenvolvimento do bebê, e do volume das mamas. Com isso, a musculatura acaba sendo sobrecarregada gerando dores nas costas, sobretudo, na região lombar. Com a compressão das raízes nervosas, podem ocorrer formigamentos em braços e pernas. Já a sensação de falta de ar torna-se mais frequente e significativa nas últimas semanas. Por fim, podemos citar inchaço e falta de memória, bem como contrações de treinamento, como sintomas comuns que antecedem o início do trabalho de parto.
Preparativos para o parto e a chegada do bebê
Antes de iniciar a contagem regressiva, os preparativos para o parto e a chegada do bebê estão a todo vapor. O processo é absolutamente individual, mas existem orientações gerais que servem a todas as gestantes.
- Estar atenta à data provável do parto (DPP), sendo que uma gravidez a termo pode variar de 37 a 42 semanas. O cálculo aproximado é realizado somando 40 semanas ao primeiro dia da data da última menstruação;
- Não faltar às consultas pré-natal;
- Escolher o pediatra do bebê e, se possível, marcar uma consulta antes mesmo do nascimento;
- Conhecer os diferentes tipos de parto - natural, induzido, instrumental e cesárea - avaliando os riscos e benefícios de todos em conjunto com o obstetra responsável pelo pré-natal;
- Informar-se sobre a amamentação;
- Preparar as bolsas de maternidade, tanto da mãe como do bebê (as maternidades costumam fornecer listas com sugestões de itens a serem levados, informando aqueles que são dados ao longo da internação).
Quando procurar ajuda médica?
Em se tratando das grávidas, todo cuidado é pouco. Embora cada pessoa vivencie a gravidez de forma diferente, todas devem procurar atendimento médico de emergência ao observar os sinais abaixo:
- Sangramento intenso
- Dores de cabeça com manchas ou luzes piscando que não vão embora
- Inchaço súbito ou extremo
- Diminuição do movimento fetal (seu bebê deve estar se movendo todos os dias)
- Bolsa rompida sem contrações
- Dor constante entre as contrações
Tipos de parto: escolhendo o melhor para você
O melhor tipo de parto é aquele em que a mulher se sente mais confortável e segura. Porém, não é uma decisão que pode ser tomada sozinha A escolha deve ser feita em conjunto com o obstetra, considerando o estado de saúde da mãe e do bebê. Afinal, o objetivo é fazer com que o nascimento ocorra de forma segura, garantindo o bem-estar de ambos.
- Parto natural: espera-se a mulher entrar em trabalho de parto sem utilizar nenhum tipo de medicação, anestesia e intervenções médicas. Neste caso, o papel do obstetra será de acompanhar a evolução e estar a postos caso surja qualquer intercorrência, já que o TP pode durar muitas horas (até dias). Apesar dos tabus relacionados à dor e outros mitos, é considerada a opção mais saudável e segura, por isso deve ser considerada a primeira caso não haja nenhuma contraindicação;
- Parto normal: Como o próprio nome diz, é algo normal. O corpo da gestante, em determinado momento, se encarrega de dar as coordenadas para o nascimento do bebê. Em um primeiro momento, é o tipo de parto indicado para todas as mulheres por ser algo espontâneo, mas nada impede a realização de intervenções durante o processo, como forma de preservar a saúde da mãe e do bebê. Também podem ser usadas medicações para induzir as contrações e anestesia para aliviar dores e desconfortos. Tudo depende do que foi combinado entre a gestante e o seu médico ainda durante o pré-natal.
- Cesariana: quando o parto natural ou normal apresenta riscos, o procedimento cirúrgico deve ser feito em casos específicos, como complicações de saúde da mãe ou do bebê.
Parto normal: vantagens e desafios
Assim como tudo na vida, toda escolha que fazemos traz com ela uma renúncia. Em relação aos partos não é diferente. Para te ajudar a ter uma ideia das vantagens e desafios do parto normal, fizemos um breve resumo a seguir.
Vantagens:
- O corpo libera analgésicos naturais
- A liberação de hormônios ajuda na amamentação
- O bebê passa pelo canal vaginal, o que beneficia a sua imunidade
- A recuperação é mais rápida
- O risco de infecções é menor
- Não há cicatriz abdominal
- O bebê pode respirar corretamente
Desafio:
- A anestesia peridural pode causar efeitos colaterais
- O uso de ocitocina sintética pode aumentar a dor
- Pode haver lacerações e necessidade de pontos
- Pode haver incontinência urinária
- Pode haver dor no períneo
- É difícil saber quando o parto vai acontecer
Cesárea: indicações e cuidados
A cesariana é um procedimento cirúrgico de grande porte que pode ser indicado em determinadas situações que envolvem riscos ou ser programado a partir das 39 semanas. Após o parto, é importante seguir cuidados para a cicatrização e recuperação do organismo.
Cuidados pós-cesárea:
- Manter a incisão limpa e seca
- Evitar esforços físicos intensos
- Tomar medicação para controlar a dor
- Manter uma dieta saudável e equilibrada
- Praticar exercícios pélvicos
- Evitar expor a cicatriz ao sol
- Evitar carregar peso
- Evitar alimentos que causem gases
- Manter-se hidratada
Parto humanizado e suas características
Cada vez mais defendido, o parto humanizado é um modelo de assistência que coloca a mulher no centro do processo de nascimento, respeitando suas escolhas e necessidades. Ao contrário do que pensa o senso comum, a conduta humanizada não está diretamente relacionada à via de parto, mas sim ao respeito à gestante de maneira integral.
Entre as principais características do parto humanizado estão:
- A mulher é a protagonista do parto, podendo escolher a posição, o local e o acompanhante;
- O parto é considerado um processo saudável e fisiológico;
- A equipe médica atua de forma integrada e multiprofissional;
- A mulher pode escolher métodos não-farmacológicos para aliviar a dor, como massagem, banho quente e exercícios respiratórios;
- A mulher pode ter acompanhantes durante todo o processo;
- O parto é realizado com base em evidências científicas e nos direitos da mulher;
- Tem como premissa básica promover o bem-estar da mãe e do bebê.
Gravidez e saúde emocional
Apesar das mudanças físicas serem grandes, a gestação é um período da vida da mulher que também afeta a saúde emocional. Por esse motivo, é importante estar atento a determinados sintomas e procurar ajuda caso seja necessário.Se eles persistirem ou se agravarem, pode ser necessário procurar tratamento, que pode incluir terapia, medicação ou uma combinação dos dois.
Sintomas emocionais que merecem atenção na gravidez
- Alterações de humor
- Ansiedade
- Pânico
- Depressão
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
- Distúrbios alimentares
- Transtorno de bipolaridade
Como lidar com a ansiedade e mudanças emocionais na gravidez
- Fazer exercícios físicos, de acordo com orientações médicas
- Ler sobre maternidade
- Conversar com mulheres que já passaram pela mesma experiência
- Expressar os sentimentos com sinceridade
- Ter uma rede de apoio de familiares, amigos e profissionais de saúde
- Planejar e organizar o que será necessário com antecedência
A importância do apoio psicológico durante a gestação
O apoio psicológico durante a gravidez é importante para a saúde mental da gestante e do bebê. A gravidez é um período de muitas mudanças físicas e emocionais, e o acompanhamento psicológico pode ajudar a gestante a lidar com essas questões, incluindo as listadas abaixo:
- Se sentir mais confortável e disposta
- Compreender o seu momento sem cobranças
- Encontrar um equilíbrio entre a relação de casal e o papel de pais
- Lidar com sentimentos de culpa
- Prevenir situações adversas, como a depressão pós-parto
Cuidados durante a gravidez para mãe e bebê
Para ter uma gravidez saudável, a mãe precisa ter consciência que do positivo em diante todas as suas escolhas e hábitos poderão afetar diretamente o desenvolvimento do bebê. Por isso, deverá manter uma série de cuidados que vão desde alimentação, saúde bucal e atividades físicas, até questões envolvendo imunização, saúde mental e descanso.
Alimentação balanceada para uma gravidez saudável
Na correria do dia a dia, é normal que surjam dúvidas sobre como manter uma alimentação balanceada durante a gravidez. Pensando nisso, trazemos orientações do guia alimentar do Ministério da Saúde que podem fazer a diferença na hora de comprar, preparar e consumir os alimentos enquanto se está gerando uma nova vida. Lembrando que elas continuam valendo no pós-parto não só por interferirem na amamentação, como pelo bem-estar da mulher.
1- Consuma diariamente feijão, preferencialmente no almoço e no jantar:
Feijão e arroz são uma típica combinação brasileira e o consumo deve ser incentivado também durante a gestação. O feijão, como outros legumes, é rico em fibras, proteínas, vitaminas e minerais. É um alimento com ferro, um nutriente importante para a produção de células vermelhas do sangue (hemácias), no transporte do oxigênio no organismo e na prevenção de anemia ferropriva (deficiência de ferro). O consumo adequado de fibras e ferro também está associado a menor chance de sobrepeso e obesidade, além de auxiliar no melhor funcionamento do intestino, evitando a constipação.
2- Evite o consumo de bebidas adoçadas, como refrigerante, suco de caixinha, suco em pó e refrescos (bebidas ultraprocessadas):
Essas bebidas têm uma grande quantidade de açúcares, aromatizantes, corantes e outros aditivos. A ingestão pode piorar sintomas comuns na gestação, como náuseas e vômitos, além de contribuir para o desenvolvimento de diabetes gestacional, ganho de peso excessivo nas mulheres e maior probabilidade de excesso de peso em crianças na primeira infância. O consumo dessas bebidas também pode interferir na ingestão de água, meio adequado e seguro de hidratação.
3- Evite o consumo de alimentos ultraprocessados como hambúrgueres, embutidos, macarrão instantâneo, bolachas salgadas, doces e recheadas e guloseimas:
Os alimentos ultraprocessados são nutricionalmente desbalanceados, ou seja, ricos em gorduras, açúcares e sódio e pobres em fibras, vitaminas e minerais. O consumo está relacionado ao ganho de peso gestacional excessivo e a maiores dificuldades para a perda de peso após o parto.
4- Consuma diariamente legumes e verduras:
Eles são fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes, nutrientes essenciais durante a gestação. Seu consumo ajuda a prevenir o nascimento prematuro, desenvolvimento de anomalias congênitas e ganho de peso gestacional excessivo.
5- Consuma diariamente frutas, sendo preferencialmente inteiras, em vez de sucos:
As frutas também são ricas em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes. As fibras presentes nesses alimentos contribuem para o funcionamento saudável do intestino. Prefira o consumo de fruta inteira em vez de sucos, mesmo os naturais, porque os sucos feitos a partir da fruta não fornecem os mesmos benefícios e nutrientes que o consumo da fruta inteira.
6- Se alimente regularmente, sem se envolver em outras atividades, como assistir televisão, mexer no celular ou computador:
É muito importante comer devagar, com atenção e mastigar mais vezes os alimentos. Essas práticas ajudam na digestão e podem reduzir o desconforto gástrico, como sensação de estufamento e refluxo.
Importância das consultas pré-natais
As consultas pré-natais são importantes porque ajudam a detectar e prevenir doenças na mãe e no bebê, além de preparar a gestante para o parto. Sem falar que o acompanhamento mensal ajuda a identificar distúrbios que evoluem de forma silenciosa, como a doença falciforme, talassemia e outras hemoglobinopatias.
Em resumo, o pré-natal é fundamental para:
- Identificar doenças que possam estar presentes na mãe, como hipertensão, diabetes, anemia, sífilis e doenças do coração;
- Detectar problemas no bebê, como más formações;
- Avaliar a placenta;
- Identificar precocemente a pré-eclâmpsia;
- Promover o bem-estar físico e emocional da mulher;
- Preparar a gestante para o parto e os cuidados com o bebê;
- Orientar sobre hábitos de vida e higiene
Dicas para evitar complicações durante a gravidez
Para evitar complicações durante a gravidez, é importante seguir orientações do obstetra e manter hábitos saudáveis. Partindo da premissa, nunca é demais lembrar da importância do pré-natal, no qual serão pedidos todos os exames necessários e dadas as orientações trimestre a trimestre.
Pós-parto: o que esperar após o nascimento do bebê
O puerpério, popularmente conhecido como resguardo, compreende o período de 45 a 60 dias que precede o nascimento do bebê e é igualmente marcado por desafios. Sendo assim, vai inspirar tanto cuidado como na gestação, porém com outras abordagens.
Algumas dicas para lidar com o puerpério são:
- Priorizar o autocuidado
- Descansar adequadamente
- Estabelecer uma rede de apoio
- Contar com a ajuda de familiares e amigos
- Dividir as dores
- Conversar com outras mães que estão passando pela mesma situação
- Aceitar ajuda profissional
- Consultar um psicólogo ou psiquiatra a fim de prevenir ou tratar a depressão pós-parto
- Estabelecer uma rotina flexível, ora básica para trazer uma sensação de estabilidade, ora aberta a ajustes
- Reservar um tempo para si mesma
- Praticar atividades relaxantes, como leitura ou banhos tranquilos
- Ter paciência consigo mesma
- Respeitar os próprios limites e evoluir de forma gradativa
- Lembrar-se de que o momento precisa ser respeitado por todos do núcleo familiar
Recuperação física e emocional da mãe
A recuperação física e emocional da mãe após o parto no puerpério pode ser intensa e desafiadora. É importante ter apoio familiar e profissional, além de cuidar de si mesma.
Recuperação física
- Tomar banhos diários
- Trocar o absorvente quando necessário
- Manter uma alimentação saudável e equilibrada
- Repousar
- Praticar atividades físicas, como pilates, yoga ou meditação
Recuperação emocional
- Buscar apoio de familiares e amigos
- Construir uma rede de apoio com outras mães
- Estabelecer uma rotina diária que inclua tempo para o autocuidado
- Delegar tarefas domésticas e de cuidados com o bebê
- Estabelecer prioridades
Amamentação e cuidados iniciais com o bebê
Assim que nasce, o bebê deve ser incentivado a mamar. Isto é, se tudo correr bem, ainda na primeira hora de vida a amamentação é iniciada. Até os seis meses, o leite materno deve ser a única fonte de nutrientes do bebê. Além de protegê-lo de diversas infecções, fortalece o sistema imunológico, contribui para o desenvolvimento cognitivo e intelectual, entre outros benefícios. Sem falar no fortalecimento do vínculo da mãe com o bebê.
Do ponto de vista materno, ajuda na recuperação pós-parto, reduzindo o risco de hemorragia e doenças como câncer (mama, ovário, endométrio), diabetes tipo 2, colesterol alto e hipertensão.
Cuidados com a amamentação:
- Lavar bem as mãos e os braços antes de amamentar
- Posicionar o bebê de forma que fique virado para a mãe, com a barriga encostada na dela
- Colocar o bebê para mamar quando ele abrir bem a boca
- Respeitar o ritmo de cada bebê
- Oferecer somente leite materno até os 6 meses de vida do bebê
- Manter a pele dos seios hidratada
- Usar um sutiã próprio para o sustento da mama
- Evitar o consumo de drogas, álcool e medicamentos sem receita médica
- Diminuir ou excluir o consumo excessivo de bebidas cafeinadas
- Fracionar a dieta, evitando longos períodos em jejum
- A amamentação não deve doer e nem machucar o peito. Se está machucando, é importante procurar ajuda em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Banco de Leite Humano.
Ajustando-se à nova rotina com o bebê
Para ajustar a rotina com o bebê, é possível estabelecer um padrão de sono e alimentação, e dar-lhe um "mapa do dia". É importante manter os horários enquanto o bebê está se adaptando, mas também é preciso ser flexível e ter paciência.
Algumas dicas para ajustar a rotina do bebê são:
- Estabelecer um horário para começar o ritual de dormir
- Diminuir a intensidade da iluminação
- Evitar distrações
- Entender o ritmo de sono do bebê
- Dar prioridade à rotina do bebê, principalmente nas primeiras semanas
- Evitar refeições fora de casa e passeios que atrasam as sonecas
- Incluir passeios pela manhã e janelas abertas para indicar que é dia
- Reduzir ruídos externos e a iluminação da casa à noite
- Incentivar brincadeiras e tempo acordado após as alimentações
- Conter o bebê em um "charutinho" para tornar o sono mais agradável
Conclusão: informação e planejamento são essenciais para uma gestação segura
Seja qual for a sua realidade, a informação deve fazer parte dela. Isso porque nunca é tarde para aprender e saber mais a respeito deste momento tão lindo e desafiador da vida da mulher e, por consequência, de uma família. Sendo assim, quem estiver planejando engravidar terá mais tranquilidade para tomar essa importante decisão com clareza e sabedoria. Por outro lado, as grávidas encontrarão respostas para as principais dúvidas que permeiam os nove meses.
A importância de se informar e planejar a gravidez
A gravidez planejada reduz os níveis de estresse, que podem impactar a gestação e a saúde do bebê. Além disso, a mulher consegue preparar todo o seu corpo para a gravidez, bem como atualizar as suas vacinas, melhorar a sua alimentação, entre outras providências indispensáveis.
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